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Guerra x Fome

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À medida e que a paz e a segurança internacionais se deterioraram, os gastos militares globais cresceram 7%, chegando a US$ 2,43 trilhões em 2023, o maior aumento anual desde 2009.  Conforme informação do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri), Estados Unidos, China e Rússia foram os que mais gastaram em 2023. O Sipri afirmou ainda que a Rússia aumentou os gastos em 24%, para um valor estimado de US$ 109 bilhões. A Ucrânia aumentou os gastos em 51%, chegando a US$ 65 bilhões, e recebeu pelo menos US$ 35 bilhões em ajuda militar de outros países. Segundo o instituto, os gastos dos países membros da Otan totalizaram 55% dos gastos mundiais. A maioria dos membros europeus da Otan aumentou esses gastos. Os EUA aumentaram em 2%, para US$ 916 bilhões, o que representa cerca de dois terços do total de gastos militares da Otan. O país norte-americano que investe tanto em guerra tem uma elevada taxa de pobreza. Conforme análise publicada em abril de 2023 na revista

Todo dia é dia do indígena

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Os indígenas trocariam facilmente qualquer dia de uma fictícia homenagem pelo respeito à sua raça, às suas terras, à sua natureza. Aceitariam de coração parar de lutar pelos seus direitos, desde que esses fossem definitivamente considerados, mas tudo isso custa caro demais pra quem está no poder, pra quem tem muito o que nem sempre foi conquistado com honestidade.

Marco Temporal e o eterno roubo de terras indígenas

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A PL 490 referente ao Marco Temporal aprovada ontem na Câmara dos Deputados, pode garantir a continuidade do sofrimento dos povos nativos do Brasil, que desde 1500 lutam pela sobrevivência, pela preservação de sua cultura, suas terras e a natureza. Durante toda a história deste país, os indígenas sofreram perseguições, escravidão, genocídio e os que restaram foram expulsos de suas terras pelo avanço do homem branco. Quando os europeus aqui chegaram, havia uma população indígena superior a 5 milhões de habitantes, reduzidos ao longo dos anos para menos de 900 mil. Os portugueses que se consideravam donos destas terras, obrigaram grande parcela desses habitantes a realizar trabalhos forçados. Sua escravidão foi auxiliada pela ação dos Bandeirantes, caçadores de nativos e responsáveis pela morte de diversos deles. Além disso, muitas doenças trazidas pelos europeus e africanos, potencializaram o desaparecimento de um grande número de indígenas. Segundo dados da FUNAI e do Censo do IBGE (20

A história por trás do dia do trabalhador

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O 1º de maio como data comemorativa do dia do trabalho foi fixada durante o Congresso Operário Socialista da Segunda Internacional - associação livre de partidos socialdemocratas e trabalhistas, integrada tanto por elementos revolucionários quanto reformistas -, realizado em Paris em 1889. O objetivo era homenagear os Mártires de Chicago, um grupo de sindicalistas condenados nos Estados Unidos pela participação em uma greve iniciada em 1º de maio de 1886 em todo o país e que se estendeu até o dia 4 do mesmo mês, com a sangrenta Revolta de Haymarket.  A luta para conseguir a jornada de oito horas de trabalho que já tinha sido estabelecida naquele mesmo ano pela Lei Ingersoll, embora os patrões não a cumprissem, rearmou e mobilizou as organizações trabalhistas e sindicais do país resultando na prisão de três trabalhadores e a execução de outros cinco na forca. Temendo reforçar o movimento socialista, os Estados Unidos e outros países como o Canadá estabeleceram como a primeira segunda-fe

Ativistas do Rock

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Muitos artistas usam a arte não somente como um meio para ganhar dinheiro, mas também, para dar visibilidade a certas causas sociais. É grande o número de astros e estrelas das diversas áreas artísticas que fazem este tipo de trabalho, mas aqui falaremos especificamente de cinco exemplos de ativismo do mundo do rock. Rise Against É difícil pensar em um grupo capaz de lançar um grito de guerra por um amanhã melhor com mais eficácia do que o quarteto de Chicago. Com integrantes vegetarianos, além do vocalista Tim Mcllrath que é vegano, o grupo está sempre engajado em movimentos sociais. Eles também são conhecidos por fazer campanhas recorrentes para o PETA em favor da libertação animal e para a Annesty International. O Rise Against faz ainda fortes críticas a políticos e corporações, assim como fez campanha de oposição às medidas anti-imigração do governo Trump que acabaram criando uma crise interna nos Estados Unidos graças à política implementada pela Casa Branca de separação de filhos

Riqueza sobre sangue: Os roubos e as matanças dos grandes colonizadores

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O desenvolvimento da expansão marítima europeia que se deu a partir do século XV permitiu que diversas partes do mundo passassem a se relacionar de forma mais constante, em um processo que para muitos estudiosos se caracterizou como um primeiro estágio da globalização, tão evidente nos dias atuais. As relações comerciais se ampliaram, as civilizações se confrontaram e as trocas culturais ficaram ainda mais intensas.  Embora tais inter-relações tenham se fortalecido em boa parte do cenário mundial, elas ocorreram destacadamente em favorecimento dos conquistadores europeus. Portugal e Espanha, pioneiros nessa aventura marítima, ampliaram suas áreas de influência por diversas regiões do além-mar. Os continentes africano e asiático, já conhecidos pelos europeus, tiveram suas riquezas ainda mais exploradas, abrindo-se novas rotas comerciais que ligavam seus mercados à Europa ocidental. Entretanto, foi na América que a ação colonizadora europeia certamente mais se consolidou. A chegada da fr

A jovem que não se curvou à Adolf Hitler

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Embora pouco conhecida fora de seu país, Sophie Scholl é considerada um ícone na Alemanha, país onde nasceu e viveu sua extraordinária história. Há exatos 80 anos ela pagou com a própria vida o preço de não se curvar à Adolf Hitler. Recontada inúmeras vezes em livros, filmes e peças de teatro, sua resistência continua a inspirar as pessoas até hoje. Sophie e seu irmão Hans viviam com a família na pacata cidade de Ulm quando os nazistas chegaram ao poder, em 1933. Ambos ainda estavam na escola: Hans nascera em 1918, Sophie, em 1921. O pai, Robert Scholl, trabalhava como consultor fiscal para sustentar os cinco filhos e, como liberal, não tinha muita simpatia pelos novos governantes. Ele e a esposa Magdalena procuravam educar as crianças segundo o modelo cristão de tolerância. Mas os filhos dos Scholl ficaram fascinados com os nazistas. Hans fez rápida carreira na Juventude Hitlerista, a organização juvenil dos nacional-socialistas. Aos 16 anos, já comandava 160 jovens da entidade. Sua i